terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Você é um bom líder?

Seja sincero! Assinale nas questões abaixo a alternativa que está mais de acordo com sua forma de agir (ou pensar).

1. Diante de uma situação em que é necessária uma tomada de decisão:
a) Pede opinião de sua equipe, embora haja situações em que você tenha que decidir sozinho.
b) Como líder de uma equipe, você sabe que a responsabilidade é sua, por isso normalmente toma a decisão por conta própria.
c) Somente toma decisões após entrar em consenso com toda sua equipe.

2. Quando está responsável pela condução de um projeto, você:
a) Delega as responsabilidades de acordo com a capacidade de cada um, determina prazos e acompanha o progresso.
b) Distribui as tarefas, mas fica com as mais complexas para garantir que serão realizadas.
c) Delega as responsabilidades de acordo com a capacidade de cada um e aguarda o retorno, pois confia totalmente nas pessoas.

3. O projeto pelo qual vocês trabalharam durante semanas deu errado e toda equipe está desmotivada:
a) Embora frustrado, procura dar suporte e atua no sentido de despertar entusiasmo para os projetos que estão por vir. Esse com certeza não será o último!
b) Você sente que trabalhou muito e sempre tem alguém que não se dedica com a mesma intensidade, o que o deixa muito frustrado. Por isso, precisa de um tempo para se recuperar e recomeçar.
c) Fica com muita pena da equipe. Acha que não é justo, tanta dedicação para nada! Compreende a situação de sua equipe e dá apoio a todos.

4. Quando percebe que uma das pessoas de sua equipe não está atendendo a expectativa:
a) Dá feedback claro e pontual, além de procurar entender suas razões. Estabelece junto a ela uma estratégia de ação e um prazo para que possa dar resultado.
b) Chama a atenção na hora! Não suporta displicência.
c) Conversa com ela. Ela pode estar em uma fase difícil. Talvez seja o momento de poupá-la um pouco do excesso de trabalho.

5. Alguém de sua equipe cometeu um erro grave que teve consequências para o resultado final. Você:
a) Assume a responsabilidade diante da diretoria como representante da equipe, mas busca junto à equipe as causas e soluções para o problema.
b) Procura o culpado, pois ele deve assumir a responsabilidade pelo erro. Normalmente o pune.
c) Assume totalmente a responsabilidade, pois como líder, é responsável tanto pelos acertos como pelos erros.

6. Sua equipe concluiu um projeto que foi muito bem-sucedido e a direção quer premiá-lo pelo resultado:
a) Como representante da equipe, aceita e divide os créditos com todos que foram responsáveis pelo sucesso do projeto.
b) Aceita a premiação, afinal graças à sua liderança o resultado foi atingido.
c) Recusa-se a aceitar a premiação se não for estendida a todos de sua equipe por igual.

7. Sua área está com trabalho atrasado e a diretoria está cobrando mais agilidade:
a) Reúne sua equipe e mostra a responsabilidade de cada um no processo e no resultado, procurando influenciá-los a fazer sua parte com dedicação e agilidade, mesmo que isso exija uma carga extra de trabalho.
b) Convoca a equipe para uma reunião e chama a atenção de todos, mostrando claramente a pressão que está sofrendo da diretoria. Deixa claro que quem não atender às exigências da empresa será desligado.
c) Acha um absurdo esse tipo de cobrança, afinal sua equipe trabalha tanto! Assume todo o trabalho atrasado, faz horas extras e dá conta de tudo, sem sobrecarregar a equipe.

8. Um membro de sua equipe está com problemas pessoais e precisa de alguém para conversar:
a) Dá abertura para escutá-lo e procura ajudá-lo com dicas ou orientações. Verifica o impacto que este problema poderá ter no trabalho e procura gerenciá-lo dentro de sua equipe a fim de que não atinja o resultado final.
b) Isso não é problema seu nem da empresa. Um bom funcionário é aquele que sabe separar a vida pessoal do trabalho.
c) É “todo ouvidos”. Acredita que faz parte de sua responsabilidade ouvir as pessoas e ajudá-las a resolver seus problemas, mesmo que pessoais.

9. Quanto ao desenvolvimento de sua equipe, você:
a) Procura incentivar para o estudo e atualizações constantes, além de identificar e preparar futuros substitutos para o seu cargo.
b) Preocupa-se com seu autodesenvolvimento, pois tem receio que alguém de sua equipe possa vir a ocupar o seu lugar.
c) Procura ser um mestre para eles, ensinar tudo o que sabe, além de exigir da organização o financiamento de cursos de formação.

10. Na entrega de uma tarefa você:
a) Dá feedback à cada membro da equipe sobre a atuação dele, elogiando a performance e apontando os pontos a melhorar.
b) Não diz nada, fazer um bom trabalho é obrigação de cada um de nós.
c) Elogia, destaca os pontos fortes, compartilha com a equipe, comemora.

Se você marcou como maioria das respostas a alternativa “a”, existe uma grande chance de você ser um bom líder. Mesmo que em liderança situacional, você se posiciona a fim de garantir o resultado, sem se esquecer da equipe. Provavelmente seu comportamento é referência para as pessoas que trabalham com você.

Caso você esteja entre as alternativas “b” ou “c”, fique alerta! Você pode estar sendo rígido ou permissivo demais com sua equipe e, em ambos os casos, as chances de sucesso nos projetos são menores. Reavalie suas posturas e, se necessário, procure ajuda.

Teste elaborado por Luciana Serafin, psicóloga e coordenadora de outplacement da De Bernt Entschev Human Capital publicado na revista Gestão Educacional.

Que dividir seu resultado conosco? Envie sua letra-resultado para mim: priscila.conte@humanaeditorial.com.br

JORNAL VIRTUAL GESTÃO EDUCACIONAL Ano 2 Nº 137 - 17/11/09

domingo, 25 de outubro de 2009

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Um bom profissional começa pela sua imagem

21 de setembro de 2009 às 00:09
Por Fábio Bandeira de Mello - www.administradores.com.brA-A+Saber como se posicionar, cuidar da imagem e desenvolver um marketing pessoal são estratégias fundamentais para se destacar no mercado. Esta é uma preocupação que não tem idade e está relacionada a todos os tipos de cargos e funções.

O sucesso profissional muitas vezes é medido pela imagem e marketing pessoal, confirma Sabina Donateli, parceira da Career Center, que atende como consultora a diferentes profissionais. Ela acrescenta que, independente da roupa, relógio, carro ou notebook, “a energia positiva e o entusiasmo pelo que se quer e pelo que se faz, transmitidos na imagem, na voz e no posicionamento do profissional, são fatores que também influenciam no sucesso”.

Para enfrentar esta exigência de uma sociedade cada vez mais visual, conheça as dicas de Sabina Donateli para transmitir uma boa imagem pessoal e comportamental:

•Consciência corporal: uma postura correta transmite a impressão de segurança e confiança ao entrevistador;
•Formas de expressão: evite falar perto e/ou alto demais, não use o gerúndio; evite expressões de novelas ou populares, e nunca use palavrões e gírias;
•Modismos: atenção aos modismos de brinco, fivelas e piercing. Discrição e o bom senso têm que prevalecer;
•Maquiagem: mulheres podem aproveitar da maquiagem aos 20 anos, fazer alguns pequenos corretivos aos 40 anos e sofisticar aos 50 anos;
•Acessórios: cuidado com relógios e pulseiras; utilize sapatos apresentáveis, nunca use meias brancas ou desfiadas;
•Cores: tente usar cores discretas e neutras. Tenha roupas bem acabadas e estruturadas. Invista em bons tecidos – algodão de preferência;
•Roupas: cuidado com o comprimento das saias; evite os decotes, as transparências e os babados;
•Celular: sempre desligado em reuniões; se precisar deixar ligado, informe que está aguardando uma ligação; sempre se identifique e pergunte se a pessoa pode atendê-lo antes de iniciar a conversa; cuidado com os toques engraçados;
•Cuidados com os cabelos: mulheres devem estar sempre com o cabelo bem cortado e procurar não movimentá-los muito; homens devem ter atenção com a barba, tem que estar bem aparada.
•Ao telefone: sempre sorria, a pessoa do outro lado perceberá a sua postura simpática. Não fale alto demais, evite fofocas, seja breve.
Além de criar uma imagem ligada à credibilidade e competência, procure estar sempre pronto e capacitado para a concretização dos seus objetivos.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Experiência x especialização: o que é mais valorizado no mercado de trabalho?


Não ter experiência profissional pode ser um dos grandes dilemas dos recém-formados. Para driblar essa situação, muitos recorrem aos cursos de especialização, MBA, pós-graduação e mestrado.
Mas, no mercado de trabalho, o que conta mais: ter experiência na área ou formação técnica?Na opinião da consultora de desenvolvimento do Grupo DMRH, Bruna Tokunaga Dias, a decisão de investir em uma ampla formação técnica depende de diversas variáveis, como a área de atuação, os planos de carreira e as exigências do mercado."Muitas pessoas acabam se preocupando apenas com a qualificação, ou seja, o impacto que um curso de pós-graduação ou técnico traz ao currículo, esquecendo de avaliar o quanto este curso é importante para a sua carreira ou para o mercado que ela pretende atuar".
Como escolher uma especialização?A consultora aconselha os profissionais a pensarem em alguns pontos importantes antes de fazer um curso de pós-graduação, MBA ou especialização. "É importante a pessoa conversar com profissionais que já alcançaram o objetivo de carreira almejado por ela para saber como foi a trajetória. Além disso, é fundamental entender o mercado que se deseja trabalhar, verificando as qualificações e habilidades exigidas".
Bruna também ressalta que, muitas vezes, o inglês fluente pode ser um grande diferencial no mercado de trabalho, já que poucos profissionais possuem essa habilidade.A importância da experiênciaPara a consultora, a experiência profissional traz conhecimentos que nenhum curso pode proporcionar.
"Saber trabalhar em grupo, desenvolver inciativas, vencer desafios, aprender a ser humilde e a se relacionar com pessoas de opiniões diferentes são habilidades que só a rotina de trabalho pode oferecer".Bruna destaca que os programas de trainee não exigem experiência no mercado, mas sim muito conhecimento técnico. Por isso, ter experiência ou uma ampla formação ganha importância dependendo da cultura de cada organização.
Por Luana Cristina de Lima Magalhães - InfoMoney

segunda-feira, 2 de março de 2009

Você é um profissional competente?



Cumprir todas as metas pré-estabelecidas, dedicação, bom relacionamento interpessoal. Quais são as características de um profissional competente e como medi-las? Segundo a definição do dicionário Houaiss, a palavra competência é designada para um indivíduo de grande autoridade num ramo do saber ou do fazer, alguém notável.

Para o diretor executivo do Grupo Soma, Arlindo Felipe Jr., a competência profissional é uma combinação entre o saber e a produtividade."Competência não implica só a qualificação - a formação técnica para exercer determinada função - mas também os resultados. Sendo assim, o profissional competente é aquele que resolve os problemas".

Perfil
De acordo com Arlindo, há algumas características bem distintas em um profissional competente, entre elas, o prazer pelo desafio."O colaborador competente é aquele que não tem medo do desafio, para ele o complicado torna-se um prazer. Se ele ocupa um cargo de liderança, ele não se preocupa em colocar a mão na massa, caso seja necessário".

Arlindo ressalta também que, às vezes, o profissional pode ter competência, mas estar no cargo errado.Por exemplo, uma pessoa boa em matemática não mostrará sua aptidão em cargos que exigem apenas a capacidade de se comunicar, e não o uso da matemática. Por essa razão, é preciso haver um alinhamento com o talento e a atividade profissional exercida.

Como medir?
A competência de um profissional, geralmente, é medida a partir de ferramentas de avaliação, que medem o desempenho com base nos resultados obtidos pelo mesmo.
"No mercado, o departamento de Recursos Humanos pode aplicar três tipos de avaliação: 90°, 180° e 360°. No primeiro caso, a avaliação é feita pelo líder ao seu liderado. Já na 180°, além da autoavaliação e da avaliação do líder direto, o colaborador é avaliado por um colega do grupo"."Na 360°, todos da empresa avaliam uns aos outros. Nestes casos, pessoas fora do âmbito da empresa também podem exercer sua opinião, como os fornecedores".

O ideal
Arlindo destaca que o próprio profissional precisa saber qual é a sua aptidão e talento . Uma vez feita essa descoberta, ele será capaz de buscar sempre uma reciclagem técnica."Você pode ter o melhor curso do mercado na sua área de atuação, mas, se você odeia o seu trabalho, não vai adiantar", finaliza.

Por Luana Cristina de Lima Magalhães - InfoMoney

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

GESTÃO ESCOLAR | O verdadeiro papel do diretor


A chave é o aprendizado
Muito além de administrar a burocracia, o que se espera dos gestores

hoje é criar condições para que os alunos avancem
wrAutor('Thais Gurgel','','')

Durante muito tempo, dizia-se que a função do diretor era administrar a burocracia. Felizmente, isso está mudando. Há alguns anos vem ganhando força a idéia de que a principal tarefa é fazer o que se convencionou chamar de gestão da aprendizagem. Ou seja, o que realmente importa é resgatar a função primordial da escola: garantir a criação de um ambiente agradável em que todos os alunos (sem exceção) consigam avançar. Essa é uma das conclusões de uma enquete realizada em parceria entre a Fundação Victor Civita e o Ministério da Educação (MEC).


Durante os meses de maio e junho, duas perguntas foram apresentadas no site do Programa de Formação de Gestores, do MEC: "Considerando sua experiência como gestor, que temas você considera essenciais que o administrador escolar domine para ter sucesso em seu trabalho?" "Com base em sua vivência como gestor, cite os principais desafios enfrentados atualmente pelos dirigentes escolares."

As mais de 3.500 respostas mostram (como se pode ver no quadro abaixo) que a maioria dos diretores brasileiros tem consciência de que seu trabalho é muito mais que só cuidar de aspectos legais e atender às demandas burocráticas. Gerenciar a equipe de professores e funcionários (saber ouvir, articular, respeitar, formar e gerenciar equipes etc.), administrar os recursos financeiros, motivar e mobilizar a equipe e atuar como um verdadeiro líder, com planejamento, estratégia, ética e transparência, são as principais habilidades apontadas pelos internautas que responderam à enquete.


Com a palavra, os gestores: como é hoje e como deveria ser
Mais de 3.500 diretores participaram da enquete feita em parceria entre a Fundação Victor Civita e o Ministério da Educação sobre a realidade do trabalho nas escolas. Confira as respostas: A principal habilidade necessária
43% Gestão de pessoas
21% Gestão de recursos financeiros
19% Domínio da legislação
17% Gestão administrativa
11% Liderança 10% Capacidade de motivar e mobilizar
9% Planejamento e estratégia
8% Ética e transparência O maior desafio a ser enfrentado
26% Desmotivação do corpo docente
22% Falta de envolvimento da família
14% Deficiência na formação dos professores
14% Escassez de recursos financeiros
14% Gestão de recursos humanos*
13% Indisciplina dos alunos
12% Desmotivação/desinteresse dos alunos
11% Violência

No entanto, os próprios gestores afirmam que isso está longe da realidade. Embora o sucesso das relações interpessoais seja uma das chaves para o sucesso da escola, a desmotivação do corpo docente, as deficiências na formação dos professores e a falta de envolvimento das famílias aparecem no topo dos problemas enfrentados no dia-a-dia.

Da mesma forma, poucos deram importância à necessidade de conhecer a comunidade e ao foco no resultado dos estudantes. "Isso pode indicar que os gestores ainda não se sentem co-responsáveis pelos indicadores de aprendizagem dos alunos", afirma Maria Maura Barbosa, coordenadora pedagógica da formação de gestores escolares do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac).

"E é esse distanciamento que não o deixa sentir-se parte do mau resultado apresentado pelas crianças nos testes de avaliação no Brasil inteiro. É preciso que as questões ligadas a repetência e evasão passem para o primeiro lugar das preocupações." De fato, não dá para imaginar que os baixíssimos indicadores revelados pelas provas nacionais e internacionais sejam de responsabilidade exclusiva dos professores ou (pior ainda) dos próprios alunos.

Por isso, e para ajudar os diretores a aperfeiçoar seu trabalho no dia-a-dia, NOVA ESCOLA lança no dia 13 deste mês uma edição especial inteiramente dedicada ao tema. A publicação vai mostrar as novas estratégias de ação e as boas práticas que estão mudando para melhor nossas escolas - sobretudo nas redes públicas. "Apagar incêndios"

"Ainda há muito a avançar até que todos não só se convençam de que o mais importante é a gestão da aprendizagem, mas passem a fazer isso de forma articulada", diz Roberta Panico, formadora de gestores. "Nos cursos que ministramos Brasil afora, vemos claramente que, sem esse olhar, fica fácil cair na armadilha de gastar o tempo 'apagando incêndios' e se ocupando com a burocracia. O que tentamos ensinar durante o programa é que a escola deve passar de 'local em que se ensina' para 'organização que busca estratégias a fim de promover o aprendizado'."

"É preciso que as questões ligadas a repetência e evasão passem para o primeiro lugar das preocupações." Maria Maura Barbosa, coordenadora do Cedac para formação de gestores
Para que isso ocorra, é preciso criar instrumentos para um projeto pedagógico que atenda às necessidades da comunidade e envolva funcionários e professores, além de pais e alunos, em sua elaboração. O passo seguinte é colocá-lo em prática dia após dia - e revê-lo sempre que necessário. "A leitura que a direção e o corpo docente fazem da comunidade interna e externa influencia diretamente na forma como a escola funciona", declara Maura.
"Mas, quando existem metas claras de ensino, compartilhadas por todos, cria-se um verdadeiro grupo de trabalho, movido por interesses comuns." Na proposta pedagógica, é preciso levar em conta também os espaços físicos disponíveis e os valores implícitos nas relações interpessoais. "Não é só o professor que ensina. O jeito como os funcionários interagem com os estudantes e os professores e a forma de usar as áreas de convívio devem ser pensados sob um filtro pedagógico, pois, se falamos tanto em formar cidadãos, o primeiro passo é permitir que todos vivenciem a cidadania enquanto freqüentam a escola."

"A escola deve passar de 'local em que se ensina' para 'organização que busca estratégias para promover o aprendizado'." Roberta Panico, formadora de gestores escolares
Outro desafio importante a ser enfrentado é a baixa qualidade da formação inicial dos professores. A questão, segundo os especialistas, deve ser encarada como parte do projeto pedagógico. "Ninguém precisa chegar à escola pronto para lecionar", diz Maura. "Cabe também ao gestor promover uma formação continuada de qualidade, após identificar as necessidades existentes para desempenhar as propostas estabelecidas pelo próprio grupo."

Especialista fala de cinco atitudes que acabam com suas chances de ganhar mais


O mundo corporativo parece um quebra-cabeça dos mais difíceis de montar. Já parou para pensar por que algumas pessoas vivem a receber propostas excelentes de emprego, com salários igualmente satisfatórios, e outras não conseguem sair do lugar?Por que alguns profissionais estão destinados a receber um salário mediano para o resto de suas vidas enquanto outros parecem ter nascido com toda a sorte possível?
Antes de apelarmos para o horóscopo ou o tarô, na busca de alguma explicação, que tal ouvirmos a opinião de um especialista entendido de carreira?O que está por trás do salário insatisfatórioReinaldo Passadori, presidente do Instituto Reinaldo Passadori e autor do livro "Comunicação Essencial - Estratégias eficazes para encantar seus ouvintes", selecionou cinco tipos de profissionais que, se não mudarem suas atitudes, estarão fadados a receber um salário insatisfatório:

Bajuladores: Eles não percebem que, na esfera profissional, o que se mede é o resultado advindo do trabalho com qualidade. Pessoas que tentam ganhar pontos por meio da bajulação queimam suas imagens de "bom profissional" no mercado e podem despertar nas pessoas a sensação de descrédito.

Pessimistas: São pessoas que irradiam energia negativa por onde passam. Sofrem de um destempero emocional, a ponto de se descontrolarem. Elas não criam nem produzem. Na verdade, não fazem o mínimo a não ser gerar um clima destrutivo na empresa em que trabalham. Além disso, costumam ter dificuldade para se relacionar, gerando brigas, intrigas e desentendimentos no ambiente de trabalho.

Mentirosos: Vários são os pontos a se atentar, no sentido de ser confiável. Em primeiro lugar, é preciso ser coerente. As ações devem estar de acordo com as palavras. É impossível a empresa acreditar naquele colaborador que mente. Ele passa a ser alguém sem crédito na empresa e também no mercado.

Desorganizados: São profissionais que começam várias atividades e não terminam. A eles, faltam foco e clareza para discernirem o que é prioridade. Estão aquém daquilo que a maioria das empresas esperam, deixando o trabalho que desenvolvem incompleto, não correspondendo, portanto, às expectativas da liderança.

Com visão limitada: É certo que a ambição bem medida serve como incentivo para o progresso pessoal e profissional. Já a visão limitada sobre as coisas impede que o profissional progrida, por nutrir uma zona de conforto. As pessoas que não enxergam além se acomodam com facilidade e nem sempre desenvolvem as competências que possuem. O desejo de buscar novos aprendizados e desafios não faz parte dos planos das pessoas com este perfil, o que é lamentável. Não é à toa que determinadas pessoas permanecem anos e anos na mesma empresa, apesar dos salários insatisfatórios.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Para uma gestão nota 10!

O texto a seguir, originalmente publicado na revista Gestão Educacional e de autoria de Isadora Rupp, será dividido em três partes. Essencial para você, gestor, fazer de sua escola um sucesso!Para uma gestão nota 10 Investimentos em tecnologia e implantação de projetos simples podem ajudar a sua escola a se destacar em 2009
Diferente de outros segmentos de negócios, administrar uma escola requer, além da preocupação com as verbas e infraestrutura, um massivo investimento na área humana. Afinal, o gestor lida com pessoas e proporciona para a sociedade o pilar mais importante para a formação, que é a educação.Com projetos e atitudes simples, o colégio pode economizar para aplicar o dinheiro na formação de professores ou solucionar sérios problemas, como violência, definindo bons valores. Conheça dez exemplos espalhados pelo país que conseguiram obter bons resultados e mudar a escola para melhor.
1 - Valorize seu professorConsiderada a melhor escola de ensino médio do país pelo Ministério da Educação em 2007, o Instituto Dom Barreto, em Teresina, Piauí, foca seus objetivos em uma questão a princípio básica, mas que, infelizmente, não é a realidade de muitas escolas brasileiras: a valorização do professor. Entre as diversas medidas adotadas pela diretora Maria Estela Rangel da Silva, que tem 35 anos de experiência, está o apoio para que o corpo docente faça especialização, mestrado e doutorado. Muitos professores de lá entraram com graduação e hoje já são doutores. Cerca de 10% da arrecadação do Instituto é direcionada para este fim. Por meio de convênios com universidades locais, muitos professores conseguiram mestrado sem nenhum custo.
A Pontifícia Universidade Católica do Piauí, por exemplo, trouxe uma pós-graduação em linguística para a cidade porque já sabia que a turma seria fechada apenas com docentes do Dom Barreto. Em alguns casos, o professor que considera inviável conciliar estudos e trabalho tira folga da sala de aula pelo período da especialização e continua com o salário integral. “O professor é professor 24 horas por dia. Nada mais justo do que ser bem remunerado” acredita Maria.
Outra atitude do Instituto é disponibilizar de 15 a 20 horas semanais, remuneradas, para que os professores pesquisem e estudem materiais em sua área de atuação. Durante as aulas um pedagogo fica à disposição para dar apoio ao professor em imprevistos e questões administrativas. “Todo mundo que trabalha no colégio é qualificado para ensinar: desde as zeladoras, mostrando a importância de separar o lixo, até o professor”, explica a diretora.
O constante investimento em atualização também contribui para que o corpo docente do Dom Barreto seja sólido. Rotatividade entre os professores é coisa rara por lá – cerca de 80% deles trabalham na escola há mais de uma década. “Só acolhemos novos quando há necessidade, por isso temos essa política de melhorar quem já está conosco. O benefício para nós e para o aluno é indiscutivelmente maior”, salienta Maria.
Um professor especializado, de acordo com a diretora, consegue promover a qualificação dos demais. “Espontaneamente, ele chega com novas bibliografias e teorias, o que traz mais retorno para a instituição”. Para os alunos e, por consequência, para os pais, docente com formação sólida significa ensino de qualidade, tanto que a briga por uma vaga nas turmas, que têm de 30 a 40 alunos, é grande. “Os estudantes confiam no ensino, são bem assistidos e permanecem por um longo período no colégio. A maioria está conosco desde a educação infantil”.
2 - Mostre sua metodologiaPara conquistar os pais e angariar um maior número de alunos, nada melhor do que mostrar ao público a metodologia e os valores propostos pela escola. O Colégio Internacional Everest realiza o chamado Open Day, um dia destinado para que qualquer pessoa interessada conheça os objetivos educacionais da rede. A iniciativa já é aplicada há quatro anos na sede de Curitiba, Paraná, e há um ano no colégio do Rio de Janeiro.
A prática foi adotada por já ser uma tradição que funciona na rede, que tem 180 colégios em 18 países, fora as 15 universidades, 45 centros universitários e sete escolas de línguas. Segundo a coordenadora de marketing da rede no Brasil, Camila Pegas Bittencourt, mostrar a proposta pedagógica, que é focada na pedagogia humana integral e visa a formação intelectual e construção da aprendizagem, ajuda a conquistar os pais. “Muitos chegam apenas com curiosidade e descobrem que a metodologia é justamente o que estão procurando para seus filhos”.
Os pais e interessados também podem conhecer as instalações, material didático e os recursos tecnológicos disponíveis na escola. Além de o colégio conquistar mais alunos com a iniciativa, o Open Day ajuda, principalmente, na integração da família com a escola. “Os pais vivenciam nossa filosofia, exploram os materiais didáticos e o ambiente. Enfim, vivem a experiência do Everest”, salienta Camila.
3 - Use a comunicaçãoDesenvolver projetos na área de comunicação é garantia certa de alunos com mais disposição para os estudos e mais vontade de ler. Pelo menos foi isso que os cerca de 140 alunos do ensino médio da Escola Estadual Nossa Senhora do Belo Ramo, em Belo Horizonte, Minas Gerais, mostraram com o um projeto de rádio, o “Rádio Tema S.A”. A capacitação dos alunos e dos 28 professores foi realizada em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que também cedeu o estúdio, e promovida nas escolas integrantes do Projeto de Educação Afetivo-Sexual (Peas) da Secretaria de Educação de Minas Gerais.
As oficinas radiofônicas começaram com a história do rádio, linguagem utilizada, interpretação, leitura e produção de textos. Após o embasamento teórico, os alunos foram divididos em grupos, produziram uma série de programas e aprenderam a utilizar os equipamentos e tecnologias para edição e manuseio dos arquivos de áudio, que foram enviados para todas as escolas da rede estadual da Região Metropolitana de Belo Horizonte, para veiculação na hora do intervalo. “Esses alunos melhoraram muito na disciplina de língua portuguesa. E, quando existe melhora na leitura e na escrita, consequentemente há em outras disciplinas”, diz a diretora da escola, Rosely Tavares Alves Pardini.
Antes de participar da iniciativa da secretaria de educação, a escola já tinha o objetivo de implantar um projeto na área, mas não encontrava os incentivos e infraestrutura necessária. “Faríamos algo muito amador e não temos verba para montar um estúdio”, afirma a diretora. Vivenciar a experiência do rádio tem ajudado os alunos a pensar na profissão. De acordo com Rosely, muitos estudantes, após participarem do projeto, já pensam em fazer vestibular em alguma área da comunicação social. No término do projeto, que tem duração de dois meses, os integrantes devem capacitar mais 10 colegas, assegurando a continuidade de ação na escola e atuando como multiplicadores.
O “Rádio Tema S.A.” também contribuiu para integração dos alunos e melhora no desempenho escolar. “Como é realizado fora de sala de aula, muitos jovens encontraram uma atividade e definiram um foco melhor para vida”, salienta Rosely. Até semana que vem.

sábado, 31 de janeiro de 2009

As gafes mais comuns no ambiente profissional e o que fazer a respeito

Os profissionais sabem o que não devem fazer no trabalho. Eles não podem usar incorretamente o telefone celular, interromper uma reunião ou se mostrar íntimo do diretor da empresa. A dúvida é: o que se pode fazer?A pedido do portal InfoMoney, a consultora de etiqueta Ligia Marques indicou a solução para alguns dos principais erros de etiqueta profissional cometidos nas empresas.
O que pega malImagine a seguinte situação: você comparece a um evento, para representar sua empresa, e encontra o diretor de uma organização parceira. Logo pensa: "esta é minha chance de fazer um networking e, futuramente, fechar um grande negócio para a companhia!". Sem refletir muito, oferece seu cartão de visitas ao tal diretor.Segundo Ligia Marques, esta é uma das gafes mais comuns cometidas pelos profissionais. "Pega mal. Fica parecendo que está se oferecendo à outra empresa", garante.
O que fazer? Espere o diretor da empresa entregar seu cartão, para, somente depois, você entregar o seu.Outros erros corriqueiros:
Atender o telefone em voz alta, seu ou o da empresa. Isso pode incomodar os colegas de trabalho, além de ser um inconveniente! O que fazer: tente ser o mais discreto possível.
Entrar em uma sala sem bater antes. O que fazer: somente interrompa uma reunião ou as atividades de um colega se for estritamente necessário e bata na porta, antes de entrar na sala;
Cumprimentar as pessoas com beijinhos. Num ambiente profissional, isso pega mal. O que fazer: mais uma vez, prefira a discrição. Como manda o figurino
Outra dica importante tem a ver com as roupas usadas no ambiente de trabalho. O melhor é manter a sobriedade, de maneira que é importante evitar tops, minissaias, sandálias de dedo e bermudas.Segundo Ligia, um dos problemas no ambiente de trabalho é o hábito dos profissionais de usar meias brancas com terno e gravata. "A questão é que algumas pessoas fazem combinações infelizes de cores de peças de roupas", alerta.Etiqueta internacional
A consultora explica que a etiqueta internacional manda que os brasileiros sigam alguns costumes estrangeiros. "Por exemplo, os norte-americanos gostam de objetividade; os ingleses, de pontualidade. E é bom respeitar estas características, se quiser mais sucesso na negociação.
Cada cultura tem as suas particularidades".Ligia conta uma gafe curiosa: "o representante de uma empresa brasileira acompanhou o cliente, que era de um país árabe, num jantar de despedida. Infelizmente, levou sua mulher, que foi ignorada a noite toda. No final do compromisso, o árabe achou que a moça era um presente para ele. Deu a maior confusão. Em reuniões de negócios, as pessoas têm de ser agradáveis, escolher bem os assuntos que abordarão, o tom de voz, as roupas.
Nada pode ser forçado, para que o clima seja informal".Na mesa do restauranteO que faz o sucesso - ou o fracasso - de um almoço de negócios? "Saber se comportar na mesa, desligando celular, segurando corretamente nos talheres, sabendo o que pedir num cardápio", explica a consultora. "Por exemplo, a faca deve sempre estar na mão direita, mesmo para cortar os alimentos", acrescenta.
Por Karin Sato - InfoMoney

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

VOCÊ É O LÍDER DA SUA VIDA?


Os tradicionais programas de desenvolvimento de líderes nos ensinam técnicas para melhor comandar, motivar e obter o máximo resultado dos subordinados, alunos ou filhos – o referencial, portanto, é o outro. Mas não nos ensinam a lidar com nossas próprias emoções. Infelizmente, não nos ensinam a ser líderes mais eficazes de nossas vidas.O problema é que, ao liderar, muitas vezes desafiamos as pessoas a mudar seus hábitos, posturas, atitudes, comportamentos, modos de pensar, enfim, modificar a forma de encarar suas vidas. Mas, para ser efetiva, a mudança deve começar dentro de cada um de nós. Mahatma Gandhi dizia algo que cai como uma luva aqui: “Nós devemos ser a mudança que desejamos ver no mundo.” Ou seja: quando deseja mudar algo, o líder deve começar a mudança por si mesmo. Só assim pode inspirar pelo exemplo e não apenas pelo discurso. “Antes de pretender liderar os outros, é preciso aprender a liderar a sua própria vida.” Esta a sugestão que sempre procuro dar principalmente aos jovens líderes.
A competência de liderar a si mesmo não é uma questão técnica. Trata-se de algo intangível. Para liderar a si próprio, cada um precisa ter uma clara percepção dos seus pontos fortes e fracos, suas emoções e necessidades, seus desejos e impulsos.O autoconhecimento permite saber o efeito que seus sentimentos têm não só sobre si mesmo, mas também sobre seu desempenho. Por exemplo, um líder que reconhece sua dificuldade em lidar com prazos muito curtos não deixa para fazer as coisas na última hora. Sabe que precisa planejar seu tempo cuidadosamente e delegar tarefas com antecedência.Quem se conhece bem sabe, também, complementar-se.
Assim, o planejador típico que não gosta de se envolver com o processo operacional deve cercar-se de pessoas executoras, artilheiros que sabem fazer gols. Já o executor nato, que atropela os fatos e imprime grande velocidade às ações, sem planejar muito, deve complementar a sua equipe com pessoas cautelosas que pensem mais e planejem bem.Por isso, leitor, em vez de recrutar pessoas que agem exatamente como você, à sua imagem e semelhança, como ocorre na maioria das vezes, convém aprender a dotar sua equipe de competências complementares às suas. Mesmice rima com competitividade? Não; o que rima é diversidade!
César Souza (cesarsouza@empreenda.net) Consultor, autor, palestrante e presidente da Empreenda Consultoria nas áreas de Estratégia, Mkt e RH.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Um momento de crise e incerteza, como o que o mundo está vivendo, é marcado por inseguranças entre profissionais. Muitas delas surgem em decorrência do quadro difícil que o mercado está vivenciando, porém algumas interrogações não passam de inseguranças que o profissional já tinha, seja em relação à sua performance, à sua carreira ou à empresa na qual trabalha.
Segundo a executiva Elaine Saad, country manager da Right Management para América Latina, o líder torna-se fundamental diante de crises como esta, porque é ele quem deve conduzir a equipe de maneira tranquila.Teste para o líder. Além disso, embora a liderança, em um momento de crise, seja bastante complexa, esse cenário também pode se apresentar como uma oportunidade para que o líder seja testado em uma das competências que mais exige habilidade, que é a capacidade de administrar a motivação dos seus liderados.
"Os líderes devem entender que têm a responsabilidade de lembrar a equipe que todo período de crise passa e, ao passar, é preciso sobreviver, continuar trabalhando, executando suas atividades para atingir metas, dando resultado e valor para as pessoas e para os clientes", observa Elaine.
A especialista em liderança ainda dá outras dicas de como os líderes devem agir nesses momentos:

Demonstre firmeza e segurança naquilo que fala, nas suas ações e nas opções de caminho que a sua equipe possui;

Não trate todas as pessoas da mesma maneira. As pessoas vivenciam a crise de maneiras diferentes e é preciso entender a reação e as necessidades de cada um, dando suporte individualizado. Tratando uma equipe de forma coletiva, é possível resolver o problema de alguns, mas não de todos;

Tente encontrar os melhores caminhos, especialmente de maneira prática, objetiva e realista, para levar a empresa ou o departamento à sobrevivência nesse momento;

Antecipe as conseqüências de um possível impacto para a sua empresa, mas sem tentar adivinhar. Ter um cenário completamente traçado pode cegar um líder para uma possível mudança de rota. "É muito importante ter um plano para os próximos meses, mas que seja adaptável às mudanças no mercado", alerta;

Esteja atento ao momento, o que implica a necessidade de fazer correções de rota muito rapidamente. Para tanto, é preciso ter uma equipe disponível e flexível, para que qualquer mudança seja encarada de forma positiva e facilmente implementada.
O líder deve verificar se possui pessoas preparadas para fazer essa adequação rápida, lembrando que nem sempre isso significa que é preciso ter na equipe as pessoas com mais conhecimentos. "Nesse momento, algumas competências comportamentais, como motivação, humor e otimismo, podem ser mais importantes que habilidades técnicas e conhecimento, já que essas características acabam contaminando os demais, levando a equipe para um caminho positivo".

É fundamental que o líder acredite sinceramente naquilo que está fazendo e que transmita esse sentimento para a equipe. A comunicação deve ser muito transparente e, em momentos críticos, com uma periodicidade maior. Fantasias, reações ruins e expectativas negativas devem diminuir bastante se a comunicação for rápida e precisa. Deixar a equipe solta, sem comunicação e sem noção do caminho que a empresa está trilhando pode trazer uma marca profunda e negativa, muitas vezes mais devastadora que a crise por si só.
Por Karin Sato - InfoMoney

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Empreendedorismo e comunicação: o segredo do sucesso em tempos de crise


Nos contatos que tive com grandes empreendedores, que se tornaram empresários bem-sucedidos, pude reparar que todos tinham em comum o domínio da arte da comunicação. É bom ficar claro desde o início que essa qualidade não é destacada pela capacidade de eloqüência ou retórica, mas pela habilidade de saber relacionar-se e transmitir suas idéias com clareza, objetividade e simplicidade.

Todo bom empreendedor chama a atenção pela sua aptidão em saber entusiasmar as pessoas pelas suas idéias e projetos. De um modo geral, os empreendedores são persuasivos e convincentes, pelo carisma de abertura para o diálogo e pela atitude de comunicação .

O empreendedor comunicativo é capaz de estabelecer ampla rede de relacionamentos profissionais e de articulação de novos negócios. Sua competência em saber dialogar, expressar opiniões e idéias, e estabelecer relacionamentos favorece a superação de conflitos, a busca de entendimentos em processos de negociação e a capacidade de integrar pessoas e equipes em torno de metas e objetivos comuns. Podemos enumerar algumas das competências, ligadas à comunicação, dos empreendedores de sucesso:

- Sabem analisar os principais conceitos e definições do processo de comunicação humana e empresarial.- Desenvolvem estilo próprio e assertivo de convencimento dos seus interlocutores.- Dominam os princípios e técnicas da comunicação como instrumento estratégico para iniciativas inovadoras.
- Buscam conhecer os conceitos da Comunicação Corporativa para consolidar a prosperidade dos seus negócios.
- Aplicam a comunicação como um mecanismo, em permanente desenvolvimento, através do qual existem e se desenvolvem as relações humanas e profissionais.
- Buscam corrigir as falhas habituais na comunicação, que acarretam improdutividade e erros no trabalho.
- Desenvolvem o hábito do diálogo e a da abertura para a comunicação, como fonte de resolução de conflitos e problemas nas esferas empresarial, profissional e pessoal.
- Buscam planejar e executar projetos de comunicação voltados para os públicos interno e externo (stakeholders).- Desenvolvem iniciativa empreendedora para o planejamento e desenvolvimento de projetos de comunicação empresarial.

Não basta saber. É preciso saber fazer e querer fazer acontecer de verdade. Na comunicação empreendedora, o emissor assume o papel de protagonista e agente de transformação. Ele sabe falar e calar, sabe ouvir os outros e a si mesmo, e, o mais importante, sabe dar e receber retorno na comunicação.

Acabamos de descrever a competência comportamental do líder comunicador-empreendedor. Vejamos agora como viabilizar esse perfil por todos os níveis de uma organização.
Estratégia da comunicação empreendedora - Comunicação e motivação consubstanciam uma relação de causa e efeito. Num ambiente em que haja comunicação e diálogo, existe motivação para superar crises e desafios. Quando existe uma relação de confiança e de entendimento entre dirigentes e funcionários, uma crise pode servir para unir e entusiasmar profissionais a buscarem inovações capazes de favorecer a conquista das metas mais ousadas.

A maioria das empresas prefere resolver as crises de portas e bocas fechadas. A direção resolve e ninguém fica sabendo. Algumas vezes dá certo, mas, quase sempre, o resultado é medíocre e o problema retorna pior do que antes. Se uma mudança estratégica ou uma crise interferem diretamente na atuação do funcionário, a transparência, a honestidade e a ética são fundamentais, pois, sem elas, dificilmente a empresa conseguirá o engajamento dos seus colaboradores na busca de soluções.

Um ambiente favorável à comunicação interna, com lideranças engajadas em promover e consolidar a Cultura do Diálogo é capaz de encorajar a manifestação de idéias e sugestões que podem originar inovações e identificar soluções altamente rentáveis para a empresa como um todo. A transparência das ações, a honestidade de propósitos e a ética corporativa trafegam necessariamente pelo caminho da abertura para a comunicação. Em um quadro de crise empresarial, independente de ser patrão ou empregado, a Cultura do Diálogo cria vínculos que se traduzem em comportamentos positivos e pró-ativos, ou seja, o gestor presta, de fato, atenção ao que o colaborador tem a falar e vice-versa.

Na verdade, o gerente não está na posição que ocupa para dar ordens inquestionáveis, mas para prestar atenção ao que o funcionário diz e procurar gerar um clima de envolvimento e motivação pelo trabalho. Afinal, todos estão ali para que se cumpram a missão, os objetivos e as metas da empresa, que, supõe-se, sejam de conhecimento amplo e orgânico de todos que para ela trabalham.

A improdutividade, a perda de clientes, o defeito de máquinas e equipamentos, os acidentes de trabalho e o não cumprimento de prazos e metas são algumas das conseqüências geradas pela falta de diálogo e comunicação nos empreendimentos. É comum em um ambiente fechado à conversação, a distorção das informações administrativas e gerenciais, o que ocasiona grandes índices de desperdício e altos custos oriundos do trabalho que precisa ser refeito.

Conflitos, brigas e disputas internas - entre diretores, gerentes e funcionários - são conseqüências muito comuns e constantes nas organizações que desconsideram a importância do diálogo.

Na atualidade, o maior desafio do mundo empresarial é incentivar o saudável exercício do diálogo aberto e franco, sem rodeios ou intolerâncias, favorecendo assim a convivência das diferenças. A diversidade de pensamento contribui para o enriquecimento da criatividade da empresa na busca de soluções e inovações. Isso depende apenas de uma estratégia de diálogo, que envolva a participação de todos no processo de planejamento para o sucesso.

Uma coisa é certa: o sucesso do empreendedor e dos empreendimentos dependem, necessariamente, da compreensão e aplicação da Cultura do Diálogo, tendo como base fundamental o relacionamento humano. Esse é o principal segredo para o sucesso na prospecção de novos negócios e para a prosperidade das iniciativas empreendedoras.
Gustavo Gomes de Matos (RH)