sábado, 31 de janeiro de 2009

As gafes mais comuns no ambiente profissional e o que fazer a respeito

Os profissionais sabem o que não devem fazer no trabalho. Eles não podem usar incorretamente o telefone celular, interromper uma reunião ou se mostrar íntimo do diretor da empresa. A dúvida é: o que se pode fazer?A pedido do portal InfoMoney, a consultora de etiqueta Ligia Marques indicou a solução para alguns dos principais erros de etiqueta profissional cometidos nas empresas.
O que pega malImagine a seguinte situação: você comparece a um evento, para representar sua empresa, e encontra o diretor de uma organização parceira. Logo pensa: "esta é minha chance de fazer um networking e, futuramente, fechar um grande negócio para a companhia!". Sem refletir muito, oferece seu cartão de visitas ao tal diretor.Segundo Ligia Marques, esta é uma das gafes mais comuns cometidas pelos profissionais. "Pega mal. Fica parecendo que está se oferecendo à outra empresa", garante.
O que fazer? Espere o diretor da empresa entregar seu cartão, para, somente depois, você entregar o seu.Outros erros corriqueiros:
Atender o telefone em voz alta, seu ou o da empresa. Isso pode incomodar os colegas de trabalho, além de ser um inconveniente! O que fazer: tente ser o mais discreto possível.
Entrar em uma sala sem bater antes. O que fazer: somente interrompa uma reunião ou as atividades de um colega se for estritamente necessário e bata na porta, antes de entrar na sala;
Cumprimentar as pessoas com beijinhos. Num ambiente profissional, isso pega mal. O que fazer: mais uma vez, prefira a discrição. Como manda o figurino
Outra dica importante tem a ver com as roupas usadas no ambiente de trabalho. O melhor é manter a sobriedade, de maneira que é importante evitar tops, minissaias, sandálias de dedo e bermudas.Segundo Ligia, um dos problemas no ambiente de trabalho é o hábito dos profissionais de usar meias brancas com terno e gravata. "A questão é que algumas pessoas fazem combinações infelizes de cores de peças de roupas", alerta.Etiqueta internacional
A consultora explica que a etiqueta internacional manda que os brasileiros sigam alguns costumes estrangeiros. "Por exemplo, os norte-americanos gostam de objetividade; os ingleses, de pontualidade. E é bom respeitar estas características, se quiser mais sucesso na negociação.
Cada cultura tem as suas particularidades".Ligia conta uma gafe curiosa: "o representante de uma empresa brasileira acompanhou o cliente, que era de um país árabe, num jantar de despedida. Infelizmente, levou sua mulher, que foi ignorada a noite toda. No final do compromisso, o árabe achou que a moça era um presente para ele. Deu a maior confusão. Em reuniões de negócios, as pessoas têm de ser agradáveis, escolher bem os assuntos que abordarão, o tom de voz, as roupas.
Nada pode ser forçado, para que o clima seja informal".Na mesa do restauranteO que faz o sucesso - ou o fracasso - de um almoço de negócios? "Saber se comportar na mesa, desligando celular, segurando corretamente nos talheres, sabendo o que pedir num cardápio", explica a consultora. "Por exemplo, a faca deve sempre estar na mão direita, mesmo para cortar os alimentos", acrescenta.
Por Karin Sato - InfoMoney

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

VOCÊ É O LÍDER DA SUA VIDA?


Os tradicionais programas de desenvolvimento de líderes nos ensinam técnicas para melhor comandar, motivar e obter o máximo resultado dos subordinados, alunos ou filhos – o referencial, portanto, é o outro. Mas não nos ensinam a lidar com nossas próprias emoções. Infelizmente, não nos ensinam a ser líderes mais eficazes de nossas vidas.O problema é que, ao liderar, muitas vezes desafiamos as pessoas a mudar seus hábitos, posturas, atitudes, comportamentos, modos de pensar, enfim, modificar a forma de encarar suas vidas. Mas, para ser efetiva, a mudança deve começar dentro de cada um de nós. Mahatma Gandhi dizia algo que cai como uma luva aqui: “Nós devemos ser a mudança que desejamos ver no mundo.” Ou seja: quando deseja mudar algo, o líder deve começar a mudança por si mesmo. Só assim pode inspirar pelo exemplo e não apenas pelo discurso. “Antes de pretender liderar os outros, é preciso aprender a liderar a sua própria vida.” Esta a sugestão que sempre procuro dar principalmente aos jovens líderes.
A competência de liderar a si mesmo não é uma questão técnica. Trata-se de algo intangível. Para liderar a si próprio, cada um precisa ter uma clara percepção dos seus pontos fortes e fracos, suas emoções e necessidades, seus desejos e impulsos.O autoconhecimento permite saber o efeito que seus sentimentos têm não só sobre si mesmo, mas também sobre seu desempenho. Por exemplo, um líder que reconhece sua dificuldade em lidar com prazos muito curtos não deixa para fazer as coisas na última hora. Sabe que precisa planejar seu tempo cuidadosamente e delegar tarefas com antecedência.Quem se conhece bem sabe, também, complementar-se.
Assim, o planejador típico que não gosta de se envolver com o processo operacional deve cercar-se de pessoas executoras, artilheiros que sabem fazer gols. Já o executor nato, que atropela os fatos e imprime grande velocidade às ações, sem planejar muito, deve complementar a sua equipe com pessoas cautelosas que pensem mais e planejem bem.Por isso, leitor, em vez de recrutar pessoas que agem exatamente como você, à sua imagem e semelhança, como ocorre na maioria das vezes, convém aprender a dotar sua equipe de competências complementares às suas. Mesmice rima com competitividade? Não; o que rima é diversidade!
César Souza (cesarsouza@empreenda.net) Consultor, autor, palestrante e presidente da Empreenda Consultoria nas áreas de Estratégia, Mkt e RH.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Um momento de crise e incerteza, como o que o mundo está vivendo, é marcado por inseguranças entre profissionais. Muitas delas surgem em decorrência do quadro difícil que o mercado está vivenciando, porém algumas interrogações não passam de inseguranças que o profissional já tinha, seja em relação à sua performance, à sua carreira ou à empresa na qual trabalha.
Segundo a executiva Elaine Saad, country manager da Right Management para América Latina, o líder torna-se fundamental diante de crises como esta, porque é ele quem deve conduzir a equipe de maneira tranquila.Teste para o líder. Além disso, embora a liderança, em um momento de crise, seja bastante complexa, esse cenário também pode se apresentar como uma oportunidade para que o líder seja testado em uma das competências que mais exige habilidade, que é a capacidade de administrar a motivação dos seus liderados.
"Os líderes devem entender que têm a responsabilidade de lembrar a equipe que todo período de crise passa e, ao passar, é preciso sobreviver, continuar trabalhando, executando suas atividades para atingir metas, dando resultado e valor para as pessoas e para os clientes", observa Elaine.
A especialista em liderança ainda dá outras dicas de como os líderes devem agir nesses momentos:

Demonstre firmeza e segurança naquilo que fala, nas suas ações e nas opções de caminho que a sua equipe possui;

Não trate todas as pessoas da mesma maneira. As pessoas vivenciam a crise de maneiras diferentes e é preciso entender a reação e as necessidades de cada um, dando suporte individualizado. Tratando uma equipe de forma coletiva, é possível resolver o problema de alguns, mas não de todos;

Tente encontrar os melhores caminhos, especialmente de maneira prática, objetiva e realista, para levar a empresa ou o departamento à sobrevivência nesse momento;

Antecipe as conseqüências de um possível impacto para a sua empresa, mas sem tentar adivinhar. Ter um cenário completamente traçado pode cegar um líder para uma possível mudança de rota. "É muito importante ter um plano para os próximos meses, mas que seja adaptável às mudanças no mercado", alerta;

Esteja atento ao momento, o que implica a necessidade de fazer correções de rota muito rapidamente. Para tanto, é preciso ter uma equipe disponível e flexível, para que qualquer mudança seja encarada de forma positiva e facilmente implementada.
O líder deve verificar se possui pessoas preparadas para fazer essa adequação rápida, lembrando que nem sempre isso significa que é preciso ter na equipe as pessoas com mais conhecimentos. "Nesse momento, algumas competências comportamentais, como motivação, humor e otimismo, podem ser mais importantes que habilidades técnicas e conhecimento, já que essas características acabam contaminando os demais, levando a equipe para um caminho positivo".

É fundamental que o líder acredite sinceramente naquilo que está fazendo e que transmita esse sentimento para a equipe. A comunicação deve ser muito transparente e, em momentos críticos, com uma periodicidade maior. Fantasias, reações ruins e expectativas negativas devem diminuir bastante se a comunicação for rápida e precisa. Deixar a equipe solta, sem comunicação e sem noção do caminho que a empresa está trilhando pode trazer uma marca profunda e negativa, muitas vezes mais devastadora que a crise por si só.
Por Karin Sato - InfoMoney

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Empreendedorismo e comunicação: o segredo do sucesso em tempos de crise


Nos contatos que tive com grandes empreendedores, que se tornaram empresários bem-sucedidos, pude reparar que todos tinham em comum o domínio da arte da comunicação. É bom ficar claro desde o início que essa qualidade não é destacada pela capacidade de eloqüência ou retórica, mas pela habilidade de saber relacionar-se e transmitir suas idéias com clareza, objetividade e simplicidade.

Todo bom empreendedor chama a atenção pela sua aptidão em saber entusiasmar as pessoas pelas suas idéias e projetos. De um modo geral, os empreendedores são persuasivos e convincentes, pelo carisma de abertura para o diálogo e pela atitude de comunicação .

O empreendedor comunicativo é capaz de estabelecer ampla rede de relacionamentos profissionais e de articulação de novos negócios. Sua competência em saber dialogar, expressar opiniões e idéias, e estabelecer relacionamentos favorece a superação de conflitos, a busca de entendimentos em processos de negociação e a capacidade de integrar pessoas e equipes em torno de metas e objetivos comuns. Podemos enumerar algumas das competências, ligadas à comunicação, dos empreendedores de sucesso:

- Sabem analisar os principais conceitos e definições do processo de comunicação humana e empresarial.- Desenvolvem estilo próprio e assertivo de convencimento dos seus interlocutores.- Dominam os princípios e técnicas da comunicação como instrumento estratégico para iniciativas inovadoras.
- Buscam conhecer os conceitos da Comunicação Corporativa para consolidar a prosperidade dos seus negócios.
- Aplicam a comunicação como um mecanismo, em permanente desenvolvimento, através do qual existem e se desenvolvem as relações humanas e profissionais.
- Buscam corrigir as falhas habituais na comunicação, que acarretam improdutividade e erros no trabalho.
- Desenvolvem o hábito do diálogo e a da abertura para a comunicação, como fonte de resolução de conflitos e problemas nas esferas empresarial, profissional e pessoal.
- Buscam planejar e executar projetos de comunicação voltados para os públicos interno e externo (stakeholders).- Desenvolvem iniciativa empreendedora para o planejamento e desenvolvimento de projetos de comunicação empresarial.

Não basta saber. É preciso saber fazer e querer fazer acontecer de verdade. Na comunicação empreendedora, o emissor assume o papel de protagonista e agente de transformação. Ele sabe falar e calar, sabe ouvir os outros e a si mesmo, e, o mais importante, sabe dar e receber retorno na comunicação.

Acabamos de descrever a competência comportamental do líder comunicador-empreendedor. Vejamos agora como viabilizar esse perfil por todos os níveis de uma organização.
Estratégia da comunicação empreendedora - Comunicação e motivação consubstanciam uma relação de causa e efeito. Num ambiente em que haja comunicação e diálogo, existe motivação para superar crises e desafios. Quando existe uma relação de confiança e de entendimento entre dirigentes e funcionários, uma crise pode servir para unir e entusiasmar profissionais a buscarem inovações capazes de favorecer a conquista das metas mais ousadas.

A maioria das empresas prefere resolver as crises de portas e bocas fechadas. A direção resolve e ninguém fica sabendo. Algumas vezes dá certo, mas, quase sempre, o resultado é medíocre e o problema retorna pior do que antes. Se uma mudança estratégica ou uma crise interferem diretamente na atuação do funcionário, a transparência, a honestidade e a ética são fundamentais, pois, sem elas, dificilmente a empresa conseguirá o engajamento dos seus colaboradores na busca de soluções.

Um ambiente favorável à comunicação interna, com lideranças engajadas em promover e consolidar a Cultura do Diálogo é capaz de encorajar a manifestação de idéias e sugestões que podem originar inovações e identificar soluções altamente rentáveis para a empresa como um todo. A transparência das ações, a honestidade de propósitos e a ética corporativa trafegam necessariamente pelo caminho da abertura para a comunicação. Em um quadro de crise empresarial, independente de ser patrão ou empregado, a Cultura do Diálogo cria vínculos que se traduzem em comportamentos positivos e pró-ativos, ou seja, o gestor presta, de fato, atenção ao que o colaborador tem a falar e vice-versa.

Na verdade, o gerente não está na posição que ocupa para dar ordens inquestionáveis, mas para prestar atenção ao que o funcionário diz e procurar gerar um clima de envolvimento e motivação pelo trabalho. Afinal, todos estão ali para que se cumpram a missão, os objetivos e as metas da empresa, que, supõe-se, sejam de conhecimento amplo e orgânico de todos que para ela trabalham.

A improdutividade, a perda de clientes, o defeito de máquinas e equipamentos, os acidentes de trabalho e o não cumprimento de prazos e metas são algumas das conseqüências geradas pela falta de diálogo e comunicação nos empreendimentos. É comum em um ambiente fechado à conversação, a distorção das informações administrativas e gerenciais, o que ocasiona grandes índices de desperdício e altos custos oriundos do trabalho que precisa ser refeito.

Conflitos, brigas e disputas internas - entre diretores, gerentes e funcionários - são conseqüências muito comuns e constantes nas organizações que desconsideram a importância do diálogo.

Na atualidade, o maior desafio do mundo empresarial é incentivar o saudável exercício do diálogo aberto e franco, sem rodeios ou intolerâncias, favorecendo assim a convivência das diferenças. A diversidade de pensamento contribui para o enriquecimento da criatividade da empresa na busca de soluções e inovações. Isso depende apenas de uma estratégia de diálogo, que envolva a participação de todos no processo de planejamento para o sucesso.

Uma coisa é certa: o sucesso do empreendedor e dos empreendimentos dependem, necessariamente, da compreensão e aplicação da Cultura do Diálogo, tendo como base fundamental o relacionamento humano. Esse é o principal segredo para o sucesso na prospecção de novos negócios e para a prosperidade das iniciativas empreendedoras.
Gustavo Gomes de Matos (RH)